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Doce Psicose (NOVEL) - Capítulo 11

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Ela não comia há dois dias.

As roupas de Kim Hyeon, os livros que ele lia, as xícaras e tigelas sempre em pares, as toalhas que usavam juntos… Os vestígios que ele deixava eram vivos e simples.

Depois de encontrar o médico, Seo-Ryeong, completamente exausta, passou o tempo imersa no cheiro que ele deixava, sem piscar uma única vez.

Ele entrou rapidamente em sua vida, destruiu tudo e desapareceu como um homem em missão.

Passou-lhe pela cabeça que talvez Kim Hyeon fosse mesmo um agente capaz, e uma risada seca escapou de seus lábios.

Como alguém tão imaturo e inocente quanto Kim Hyeon poderia cometer tais atos? Ele costumava chorar só de tentar lidar com peixes, quanto mais preparar um frango.

Seo-Ryeong, por hábito, fechava os olhos com força.

À medida que a escuridão familiar se aproximava, alguém chamava: “Seo-Ryeong, estou me trocando agora. Seo-Ryeong, estou checando meu celular agora. Seo-Ryeong, abri a porta da geladeira.”

Ele era um homem que lhe relatava cada detalhe, até o momento exato, por consideração à sua esposa cega.

“Seo-Ryeong, agora eu estou… agora estou te olhando.”

Seus olhos se abriram às pressas, apenas para perceber que estava completamente sozinha.

 


 

Clang ― O som da porta do café se abrindo e fechando trouxe Seo-Ryeong de volta de seu longo devaneio.

Era uma tarde de céu azul e alto em algum dia de outono. Os olhos de Channa, sentada, tremiam como se fossem pegos por um vento forte.

Ela estava de boca aberta, encarando o celular, e assim que a matéria de notícias terminou, puxou os fones de ouvido. O olhar que lançou, questionando se ele realmente havia feito aquilo, era um bônus adicional.

“Você não levou um tiro!”

“Estou bem, mas minha conta bancária foi esvaziada.”

“O quê?”

“Fui multada em 10 milhões de won.”

“Ugh…!”

Channa agora parecia preocupada, como se a conta bancária drenada a afetasse.

Seo-Ryeong estava sentada no mesmo café, no mesmo lugar de antes. Quando abriu a boca para falar sobre o assunto, Channa levantou a cabeça reflexivamente. Ela arrepiou o pelo e assumiu uma postura defensiva.

“Você não me chamou aqui hoje só pra… desertar de novo…”

“Não tenho conexões nesta área.”

Ah, eu sabia que seria algo assim…! Channa murmurou e rapidamente terminou sua bebida.

“Quero sequestrar alguém.”

“…O quê?”

“Depois de sequestrar, quero mantê-lo como refém por alguns dias—”

“E-espera…! Você tá dizendo que quer sequestrar alguém agora?”

“Channa, tem café caindo da sua boca.”

Seo-Ryeong casualmente lhe passou um guardanapo.

Foi na sala de interrogatório que ela decidiu sequestrar alguém.

Uma ligação do assistente gerente veio, e sua pequena ideia foi varrida para debaixo do tapete.

“Se eu pudesse manter alguém importante como refém por apenas três dias, seria ótimo.” O desejo fervia intensamente. “Você sabe que se virar sequestradora, o país envia especialistas em negociação? Quanto maior o status social do refém, mais vantagem temos.”

“Isso também aumenta a chance de levar um tiro!” Channa gritou, a boca aberta, mas os olhos de Seo-Ryeong não mostraram medo algum.

“Se eu quero pegar um fantasma sem forma, preciso arriscar minha vida também.”

E seria ótimo se Kim Hyeon se tornasse minha moeda de troca.

Seo-Ryeong esperava que o nome ‘Kim Hyeon’ se espalhasse por todos os cantos do Serviço Nacional de Inteligência. Se ela incendiasse a situação, alguém certamente apareceria.

“Qu-q-que essa unnie louca está tentando fazer com tudo isso?!”

“Preciso ir até o fim até pegar meu marido fugitivo.”

Channa limpou a boca com um lenço, tentando soar confiante, mas Seo-Ryeong, que acabara de prever um crime, parecia imperturbável.

Sua voz não mostrava a menor hesitação. Como alguém que já viveu com esse pensamento dezenas, centenas de vezes.

“Você não vai pegar ele, só vai ser pega!”

“Não há com o que se preocupar. Porque se eu for pega, vou morder e não soltar.”

“….”

Seo-Ryeong riu e acrescentou:

“E farei qualquer coisa para encontrá-lo primeiro.”

O rosto antes vazio e indiferente mostrou de repente uma emoção viva, e a risada irrompeu.

Era uma visão muito melhor do que seu rosto sem expressão, mesmo carregado de ressentimento e ódio. Seo-Ryeong finalmente parecia viva.

“Então, o que exatamente você quer?”

“Quero saber sobre a pessoa chamada Vice-Diretora do Serviço Nacional de Inteligência.”

“Ha…!”

Channa agora agarrou a nuca com uma expressão de total espanto.

“Nem os filhos de funcionários sabem exatamente o que seus pais fazem…!”

Após suspirar e recuperar o fôlego, continuou:

“É mais desesperador do que cagar nas calças tentar descobrir informações pessoais de funcionários…! Por causa do risco de rastreamento, todos ao redor são seguranças, e até os endereços são disfarces…! Mas mesmo que você consiga seguir eles à moda antiga e descubra a localização…! Depois disso—”

Channa apoiou o cotovelo na mesa e perguntou:

“Você consegue, sozinha, despistar todos os seguranças e sequestrar alguém sem ser pega?”

“…”

“Você acha que consegue correr deles, ficar despercebida e fazer um sequestro de verdade?”

Enquanto Seo-Ryeong ponderava em silêncio, Channa aproveitou a oportunidade para reforçar suas palavras:

“Se não tiver confiança, mais vale aprender uma habilidade!”

Channa esperava que sua unnie imprudente, que só pensava em coisas perigosas, encontrasse um caminho mais seguro.

Arrumar um trabalho normal, ganhar dinheiro e conhecer outra pessoa.

Como ainda era jovem e bonita, poderia sair encantando homens bonitos.

Channa queria que Seo-Ryeong vivesse livre, sem amarras.

Mesmo que estivesse cheia de saudade incontrolável da família separada, ela esperava que Seo-Ryeong não ficasse presa a esses sentimentos e recomeçasse.

Ela não podia simplesmente ignorá-la, essa mulher fria e afiada como cristal de gelo.

“Normalmente, eu não diria isso, mas não é verdade que as pessoas ficam mais determinadas quando a comida está ao alcance?”

“O quê—”

“Já que decidiu, torne-se determinada sistematicamente! Mesmo que vá causar um acidente, uma pessoa deve ter habilidades básicas. Aprenda algumas habilidades! A maioria dos especialistas tem.”

“Onde?”

“Na nossa empresa.”

A testa de Seo-Ryeong se franziu ligeiramente. A empresa dela? A empresa onde Channa trabalhava? Então o nome da empresa que ouvira no centro de recados lhe veio à mente: Blast… era Blast?

“Se vocês tentam salvar reféns, também precisam ser boas em capturá-los sistematicamente.”

“…”

Após terminar de falar, Channa revirou os olhos, evitando contato visual.

Quanto mais pensava, mais razoáveis pareciam suas palavras. Sequestrar reféns exigia não só um cúmplice, mas também habilidades. Além disso, não era uma pessoa comum; era uma ex-refém da SNI. Para capturá-la, precisaria da mesma resistência e capacidade. Aproximar-se naturalmente, mas com força experiente.

“Então, por agora, não pense em mais nada; apenas escolha livremente!”

E disseram que a vice-diretora do Serviço Nacional de Inteligência andava com seguranças…

Blast… O brilho nos olhos de Seo-Ryeong indicava uma revelação.

Era uma cena digna de um sonho.

 


 

Ding— Com um tilintar, a porta do café se abriu novamente, e Seo-Ryeong endireitou a postura já ereta.

Um homem que rondava ameaçadoramente focou nela assim que a viu sentada junto à janela.

“Senhorita Han Seo-Ryeong.”

A cada passo que dava em sua direção, as rugas em sua testa se aprofundavam.

“Sobre Channa, o que deseja falar?”

Antes mesmo de se sentar, Jeong Pilgyu foi direto ao ponto. Sua expressão deixava claro que não tinha intenção de perder tempo.

Quanto mais indiferente ele parecia, mais calma Seo-Ryeong se tornava. Ela o encarou com tranquilidade, deixando-o agarrar a cadeira relutantemente.

Por dentro, provavelmente estava fervendo de tensão. Ela sorriu sutilmente.

Na noite anterior, ela havia chantageado Jeong Pilgyu para marcar esse encontro.

“Ouvi dizer que você e a Srta. Channa são parentes, cunhado e cunhada.”

“…”

A expressão de Jeong Pilgyu se endureceu. Era evidente que seu conhecimento sobre o relacionamento familiar o deixava desconfortável.

“Então, entrei em contato com você para dificultar sua vida também.”

“O quê…?”

Mas suas palavras foram silenciadas pelo toque de um botão no celular de Seo-Ryeong.

“Não vá sob a ponte, você será pego de qualquer forma, não se preocupe, pegue um carro,” disse uma voz inconfundivelmente de He Channa. Seo-Ryeong fez uma careta. “Eu estava pensando em discutir com Channa minha próxima tentativa de deserção.”

“…!”

O homem, que estava inquieto até então, piscou de repente.

“Na última vez tentei desertar e fui pega. Channa me ensinou o método.”

“…”

“Dizem que você precisa ser pego algumas vezes a mais para se tornar uma pessoa de interesse. Eu também sou humana, então ser perseguida pelo Serviço Nacional de Inteligência é assustador.”

“Mas o que é isso—”

“No começo, de alguma forma correu tudo bem, mas a partir de agora, não posso garantir nada.”

 


 

“Ei, Han Seo-Ryeong!” Channa estava incrédula.

“He Channa, uma desertora norte-coreana, me ajudou.”

“Cale a boca!” Jeong Pilgyu estava furioso.

“E ainda por cima, seu cunhado é um ex-funcionário do Serviço Nacional de Inteligência?”

Seo-Ryeong riu, e o pescoço de Jeong Pilgyu ficou vermelho, os olhos arregalados.

“Que merda você tá fazendo?!”

“Parece que o Sr. Jeong Pilgyu é, inesperadamente, um querido.”

De repente, ela perguntou com um sorriso irônico:

“Você largou o emprego para cuidar de uma cunhada desertora norte-coreana e depois se casou?”

“Não quero mais ouvir essa palhaçada.”

Ele se levantou abruptamente, virando o corpo enquanto falava.

“Você não percebe que se Channa for suspeita, sua esposa também pode ser pega? Não me dê as costas; sente-se. Meus negócios com você ainda não terminaram.”

Jeong Pilgyu cerrou os punhos com força, o peito arfando. O olhar dirigido a Seo-Ryeong estava cheio de intenso desgosto e cautela. Seo-Ryeong aceitou calmamente seu olhar penetrante, esperando pacientemente.

“…O que exatamente você quer?”

“Um emprego.”

“O quê?”

A grossa ruga entre suas sobrancelhas se suavizou momentaneamente.

“Ouvi dizer que a empresa privada que mais lida com proteção de clientes VIP se chama ‘Blast.’”

“….”

“Vi uma matéria em que o CEO foi entrevistado, e ele disse que a convenção de defesa cibernética deste ano foi premiada pela própria Vice-Diretora do Serviço Nacional de Inteligência, e a Blast ficou responsável pela segurança do evento.”

Seo-Ryeong sorriu normalmente, escondendo uma corrente perigosa por baixo.

“Li em um artigo de defesa que a Blast também é subcontratada da SNI, e quando eles estão com falta de pessoal em uma operação, usam bem empresas privadas.”

“…Por que está investigando essas coisas?”

Jeong Pilgyu, com a expressão normalizada, cerrou o punho.

“O que você quer de mim?”

“Já disse.”

Se ela utilizasse o pessoal de segurança ou abordasse diretamente figuras VIP, o que precisava com urgência agora era um trabalho sigiloso.

“Um trabalho? Você espera que eu acredite nisso?” perguntou ele.

“Então você não acredita em mim?”

“…”

Jeong Pilgyu cerrou a mandíbula, pensando ‘O que você fará se eu não acreditar?’ O punho se apertou involuntariamente diante da arrogância de Seo-Ryeong.

Pensamentos sobre sua esposa, filha pequena e a imprevisível cunhada passaram por sua mente.

Se essa mulher realmente envolvesse Channa em uma tentativa de deserção…

Só de pensar, suas têmporas doíam. Porém, pragmático, ele abordou primeiro os pontos difíceis.

“A Blast só contrata pessoas com habilidades militares. Isso significa gente do Departamento de Defesa, ex-funcionários da Agência Nacional de Segurança, agentes especiais, oficiais de inteligência e veteranos. Mas você, Han Seo-Ryeong….”

Ele a encarou, indicando que a falta de habilidades era o problema.

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Tags:
Doce Psicose, Merry Psycho, novel
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