Doce Psicose (NOVEL) - Capítulo 139 (R+)
Seo-Ryeong ficou na ponta dos pés e se agarrou a ele, os dedos cravando nas costas dele — mais firmes do que se lembrava.
Talvez fosse o tempo separados, mas ele a devorava como um homem faminto. Mandíbulas se abriam, línguas se enroscavam, lábios se mordiam. Ela já havia perdido a conta de quantas vezes se encontraram naquele ritmo ofegante.
“Nh…!”
Os beijos ásperos de Lee Wooshin a empurravam para trás, mas, mesmo assim, suspiros quentes escapavam de sua boca. Ele agia como se tivesse feito nada além de esperá-la nesse quarto de hospital — incansável, intenso, faminto.
Que atuação impressionante.
Mesmo com as línguas misturadas, o pensamento lhe veio seco, quase sarcástico.
Tinham se visto há apenas algumas horas na sala de interrogatório, mas ele representava como se fosse um reencontro há muito adiado. A mão calejada dele acariciava repetidamente a nuca dela, num toque que parecia tanto carinho quanto domínio.
“Haa… ah!”
A língua dele roçou o céu de sua boca, e um arrepio profundo percorreu seu corpo, fazendo seu estômago estremecer.
Por um instante, os lábios se separaram. Ele pegou o lençol caído e o envolveu novamente ao redor dela antes de erguê-la nos braços.
“――!”
O corpo dela se elevou de repente, e, instintivamente, ela o abraçou pelo pescoço — grosso, quente, liso.
Lee Wooshin trancou a porta, ainda mancando levemente, e a levou de volta para a cama. Observando de perto, ela percebeu o quanto ele alternava com facilidade entre uma postura ereta e passos vacilantes.
Eu já bati com força nesse pé… e ele nem reagiu.
Lembrar daquele momento fez suas sobrancelhas se franzirem. Só agora começava a entender por que havia agido de forma tão impulsiva naquela hora.
“Hah…”
Deve ter doído, e ainda assim ele suportou?
Quanto mais ela revivia a expressão inalterada dele, mais absurda parecia.
Será que ele sempre foi tão implacável?
Bom… era o mesmo Lee Wooshin que a enganara — uma vez como marido, outra como reencontro.
Tivera a audácia de entrar na casa onde viveram, fingindo que nada havia acontecido. Nem todo mundo conseguiria um descaramento desses.
Ela se lembrou dele atravessando a sala de estar, passando pela cozinha como antes, parando diante da moldura vazia onde uma foto costumava estar…
Seo-Ryeong baixou o olhar até o pé dele.
“Seu pé…”
Ela mal tinha começado a falar quando ele pressionou os lábios contra o queixo dela e voltou a se mover.
A boca dele se prendeu à pele dela, sugando com força o bastante para deixar marcas. O corpo de Seo-Ryeong enrijeceu, a língua presa, inútil.
Os lábios dele subiram do queixo até a ponte do nariz, passando pela sobrancelha e pelas pálpebras — cada toque como uma marca silenciosa gravada em fogo.
Estranhamente, os olhos dela arderam.
Algo cresceu dentro de seu peito, uma vontade quase desesperada de gritar — mas ela apenas cerrou os dentes e engoliu o som.
“Nh…”
Talvez, no fim das contas, ele ainda fosse o mesmo instrutor de sempre.
Frio por fora, mas sempre ao lado dela.
Duro, mas imensamente gentil.
Mesmo ferido, ele havia corrido por aquele telhado para alcançá-la. Lembrar da expressão desesperada dele a fez vacilar.
“Eu… senti sua falta… esse tempo todo…” murmurou, a voz trêmula.
Ele não pode perceber que eu mudei.
Tenho que agir como se tudo ainda fosse o começo. Como se estivéssemos destinados a acabar juntos, depois que eu lidasse com Kim Hyeon.
Seo-Ryeong apertou os braços ao redor do pescoço dele, escondendo o rosto contra o ombro dele. No reflexo escuro da janela, sua própria imagem a encarava — olhos frios, vazios, imóveis.
“Não acho que tenha te esquecido. Nem por um segundo”, disse ela, quase num sussurro.
“Eu sei que você causou problemas na Guiné Equatorial, Agente Han Seo-Ryeong.”
“Porque eu não conseguia parar de pensar em você… nem lá.”
“Foi difícil pra você?”
“…”
Ela havia se torturado por tanto tempo com aquela dúvida — deveria amá-lo mais, ou acabar com tudo de uma vez?
Convencera-se de que sabia a resposta: cortar o passado e recomeçar. Uma decisão clara, limpa, definitiva.
Mas ali estava ela novamente, parada no mesmo cruzamento, como se nunca houvesse saídas. A mente uma confusão, o peito em guerra. Precisava ter certeza — mais uma vez.
“Mm…”
Empurrou a língua desajeitadamente para dentro da boca dele. Ele hesitou, mas ela não recuou — lambendo os lábios dele sem técnica, sem controle. Mesmo assim, Lee Wooshin abriu a boca e prendeu a língua dela, enroscando a sua com firmeza.
As respirações se chocavam, quentes, ofegantes; a saliva se misturava enquanto ele explorava sua boca com intensidade impiedosa. Não apenas sugava sua língua — contornava seus dentes, suas gengivas, como se quisesse reivindicar cada pedaço dela.
Quando o corpo dela caiu sobre o colchão e os lábios finalmente se separaram, seus rostos ainda estavam próximos demais.
“Han Seo-Ryeong, por que você…”
Os olhos dele se estreitaram, um lampejo de desconfiança brilhando neles.
O pânico explodiu no peito dela. Antes que ele dissesse mais alguma coisa, ela empurrou as mãos por baixo da camisa dele.
Lee Wooshin estremeceu como se tivesse levado um golpe, mas não desviou o olhar do rosto dela.
Engolindo em seco, Seo-Ryeong passou as mãos sobre os contornos duros de seus músculos. A respiração dele falhou contra a sua pele, e, num movimento fluido, ele puxou a camisa para cima, despindo-se.
O lençol caiu imediatamente a seguir, deixando sua pele pálida e reluzente completamente exposta. Ele fitou-a em silêncio por um momento e, sem aviso, afundou o rosto em seu peito.
“Ah!”
Seus lábios macios envolveram o seu mamilo, sugando com força suficiente para arrancar-lhe um suspiro. Ao mesmo tempo, seus dedos beliscavam o outro, rolando-o entre eles. Um calor se espiralou na parte baixa de seu ventre, fazendo-a franzir suas sobrancelhas.
“Nh! Haa… ha…” Cada pequeno movimento enviava ondulações pelo colchão. Seu corpo reagia por instinto, a respiração escapando de seus lábios em rajadas quentes e desiguais. “Haa! Instrutor!”
Sua própria voz, embargada de excitação, fez seu estômago se contorcer de repulsa. Mas seu corpo a traiu. Seus mamilos, já sensíveis, endureceram ainda mais sob sua atenção implacável. Ele trocou de lado, levando o outro à boca, sua língua larga deslizando sobre o broto com movimentos lentos e deliberados, enquanto suas mãos percorriam seu corpo com destreza.
“Hnngh….”
Ela olhou para baixo, para seus seios brilhando com sua saliva, e seu âmago se contraiu em resposta. Seo-Ryeong mordeu o lábio inferior e enterrou os dedos em seus cabelos. Ele sugou com mais força, roçando os dentes contra seus brotos endurecidos.
“Nngh… Ah…!”
Seus quadris se retorciam cada vez que ele pressionava os botões sensíveis. Suas mãos ásperas mapeavam as curvas de sua cintura, ventre e seios, acariciando cada centímetro com um propósito aquecido.
A ardência entre suas pernas se aprofundou. Suas partes inferiores se alinharam perfeitamente, e ela sentiu a sua excitação — espessa e rígida — mesmo através de suas calças.
Quando seus dedos roçaram a fivela de seu cinto, ela falou.
“Instrutor, seja gentil hoje.” suas mãos pararam, a fivela meio aberta. Ele franziu ligeiramente a testa. “Não como da última vez. Faça parecer real… como amor.”
“…”
“Acho que… já está na hora de tentarmos.”
Seus lábios se curvaram diante de suas palavras, com um brilho de diversão em seus olhos.
“Você está dizendo coisas muito cruéis.”
Ele inclinou a cabeça e abriu o zíper da calça.
“Você já fingiu amar alguém?” Ela perguntou.
Assim que o zíper desceu, seu pênis ereto foi revelado, aparecendo acima da roupa íntima e pressionado contra o abdômen inferior. Os olhos de Seo-Ryeong tremeram enquanto ela movia lentamente o olhar da base até a ponta.
Ela observou o membro, como se tentasse memorizar cada detalhe, e então o envolveu com a palma da mão. A testa franzida dele se contraiu ainda mais a cada momento que passava.
Como ela não o havia reconhecido, mesmo com seu pênis ereto bem diante de seus olhos? Uma onda de auto aversão surgiu nela, e suas pálpebras estremeceram de vergonha.
Será que era porque ele era circuncidado? Porque ele não tinha pelos púbicos? Ela realmente pensou que isso era suficiente para descartar a possibilidade de que ele fosse seu marido?
Afinal, o que havia cegado a mim? Que preconceitos equivocados me levaram a ignorar o homem bem na minha frente, Kim Hyeon?
“Hmm!”
Ele levou a mão até a sua virilha, e seus dedos roçaram os lábios.
A sensação áspera de seus dois dedos abrindo amplamente sua vulva e acariciando-a, tocando a ponta avermelhada, fez um calafrio percorrer sua coluna. Suas mãos quentes continuaram a esfregar entre suas pernas, estimulando seus pontos sensíveis.
Seo-Ryeong soltou um gemido baixo, cobrindo os olhos com o braço como se estivesse prestes a chorar.
Quem me cegou não foi ninguém além de mim mesma. Foi minha própria mente, obscurecida pelo meu desejo de negar a verdade, que turvou meu julgamento.
Eu tinha esperado que não fosse verdade, e isso me levou a evitar a realidade. Minha própria tolice, que instintivamente pressentiu a verdade dolorosa e tentou fugir dela, era o problema.
“Ah…”
À medida que seu corpo se aquecia lentamente, um líquido escorregadio começou a umedecê-la, deixando-a com uma sensação de calor entre as pernas.
Ele tirou completamente a calça e a roupa íntima, deixando um rastro de beijos pegajosos por todo o seu corpo. Cada vez que ele chupava sua pele, uma corrente leve a percorria.
“Me desculpe, estou com um pouco de pressa hoje também.”
“Hmm!”
Ele se posicionou entre suas pernas. A sensação da pele úmida dele roçando a sua fez Seo-Ryeong agarrar os lençóis com força. Seu hálito quente na vulva fez seu clitóris vibrar sem parar.
Ele continuou a acariciar a área entre seus lábios, usando a ponta da língua para lambê-la profundamente e depois passando-a por toda a região.
“Hmm… Ah…”
Sua excitação atingiu um ponto febril, sem perspectiva de fim.