Doce Psicose (NOVEL) - Capítulo 141 (R+)
“Aaah, aaah!”
Mesmo assim, sua boceta pulsava ao ritmo implacável, levada ao ápice pela forma como ele encontrara seu ponto mais sensível — por completo, inquestionavelmente. Ele baixou a boca de novo, prendendo seu mamilo em uma sugada faminta.
Sim, era isto… Como eu não sabia?
Como passei tanto tempo sem saber disso…?
Uma tempestade de emoções invadiu-a — êxtase, confusão, dor — todas emaranhadas e aceleradas demais para assimilar.
“Hum, hum, ahhh…”
Seu peito arfava de frustração, os seios tremendo com a força de seus movimentos. Seus quadris colidiam, um ritmo agudo que se intensificava conforme o atrito entre eles se aprofundava.
Sua respiração falhou quando ele penetrou fundo em sua boceta inchada e dolorida, atingindo o ponto exato onde todos os seus nervos pareciam convergir como fios em curto.
Suas paredes internas se contraíram em torno das embestadas firmes e implacáveis — e então, subitamente, ele retirou-se, ofegante, com as sobrancelhas franzidas.
“Ha, ha, ha…”
Um tremor percorreu seus braços, apoiados ao lado de seu corpo, os ombros tensionados enquanto ele se continha. Lee Wooshin apertou os dentes, contraindo o abdômen para suprimir o impulso de gozar. Pressionou o dedo indicador contra a ponta da glande e virou a cabeça de um lado para o outro, a mandíbula cerrada.
“Porra… cacete.”
Ainda recuperando o fôlego, deslizou a mão para baixo e encontrou sua vulva novamente. A visão de Seo-Ryeong ficou turva enquanto golpes de prazer a atravessavam. Sua lubrificação revestiu seus dedos, a sensação quase insuportável enquanto ele tocava sua carne inchada.
“Meu pé… não tá tão grave a ponto de causar toda essa preocupação. A cirurgia foi bem, estou me recuperando, e eu só saí mais cedo… pra procurar por você.”
Seus olhos se enevoaram. Talvez fosse um alívio — permitir-se afogar na sensação, usando-a para esconder tudo o que não conseguia dizer.
Ele colheu a umidade que se acumulava em sua entrada e esfregou sua boceta com movimentos rápidos e deliberados. Seus dedos dos pés se contraíram. Seu corpo parecia em chamas. Um gemido escapou de seus lábios, cru e irreprimível.
Seu estômago se contraiu — ela estava perto. Virou-se de costas, dominada pela sensação. Lágrimas escorreram silenciosas por suas faces.
Seo-Ryeong dobrou os joelhos e ergueu os quadris sem pensar. Um segundo depois, sentiu um calor respingar em suas costas nuas.
“Han Seo-Ryeong… você é uma vadia…”
“Na verdade, meu marido e eu estamos completamente separados, então-” O ritmo irregular de sua respiração contra sua coluna subitamente cessou. “Eu só queria saber como era te abraçar de verdade.”
“……”
“Acho que agora sei.”
Ela enxugou os olhos no antebraço e fitou o vazio à sua frente. Era estranhamente reconfortante não ver o rosto dele. Mas, em vez do que ela temia, ele se moveu ao seu lado — não mais a agarrando, mas encostando-se às suas costas.
Lá ficaram, deitados na mesma direção. Nenhum dos dois disse uma palavra. O único som era sua respiração, constante e quente, nuca abaixo.
Ela não fazia ideia do que ele estava pensando. Um palpitar no peito a perturbou. Ela tentou se livrar dele.
“…Se não servir pra mais nada,” ele sussurrou, “pelo menos me sinto mais leve agora.”
“…….”
No instante em que virou a cabeça para encarar Lee Wooshin, seus lábios se curvaram em um sorriso.
“Ugh—!”
Seus corpos molhados colidiram com uma urgência gananciosa, entrelaçando-se enquanto calor e frio se chocavam em suas bocas. Línguas pressionavam e exploravam—selvagens, inquisitivas, implacáveis.
Ao mesmo tempo, uma mão forte percorreu a parte interna da coxa de Seo-Ryeong. Um pênis rígido e ereto penetrou nela mais uma vez, inabalável.
“Hmph—!”
Seus olhos reviraram quando a penetração, primitiva e crua, a levou à beira do abismo. O prazer formigante floresceu em um desespero sem fôlego, e o som rítmico de pele batendo contra pele ecoou no quarto.
Mãos grandes agarravam sua barriga e quadris. Plaf, plaf— cada vez que seu corpo cedia sob o peso de suas investidas, ele a puxava de volta contra sua cintura sem esforço.
Seja pressionada contra seu peito ou curvada para frente em submissão, sua posição mudava a seu comando.
Seo-Ryeong. Han Seo-Ryeong, ele murmurou enquanto afundava mais fundo. Cada vez que ele erguia sua cintura sem parar, era como se sua mente pudesse se desprender de seu corpo.
O calor que se torcia em seu núcleo parecia governado pela vontade dele. E, no entanto, algo nela pedia por mais — mais rápido, mais rude.
“Uh… para, para!”
“Por quê? Fui muito duro?”
“Para!”
Cada vez que sua mão açoitava sua carne, um choque a percorria, como se algo profundo dentro dela estivesse se soltando — embora não soubesse nomear o quê.
Ainda assim, Lee Wooshin não desacelerou. Seus quadris moviam-se sem parar, sua pele ardendo com o contato. Só então seu corpo começou a tremer sob o peso do prazer.
Suas paredes internas, outrora dóceis, começaram a se contrair incontrolavelmente.
“Instrutor, senhor!”
Seo-Ryeong gritou, sua voz se quebrando. Mas mordeu o lábio com força, engolindo o grito. A sensação que começou em seu abdômen correu por suas coxas, enrolando-se em seus dedos dos pés.
Ele seguiu, num vai e vem implacável, enquanto seu corpo todo estremecia sob a força daquilo.
“Ahhh… ahhh…”
Sua visão embranqueceu. Um rosto surgiu no meio do borrão. Seria Lee Wooshin? Kim Hyeon? A imagem se dissolveu, esvaindo-se como uma ondulação na água.
Seo-Ryeong soluçou, longo e silencioso. O prazer fora cruel, como se quisesse estilhaçá-la por dentro. Ela se sentiu aberta em duas — à deriva. Ainda estava no barco?
Uma onda de náusea a invadiu, como se o enjoo do movimento a atingisse outra vez.
Se ao menos…
Ela fechou os olhos e os abriu de novo.
Queria estar ainda naquele navio cargueiro.
Queria voltar — para antes de ter conhecido Kim Hyeon.
“De agora em diante, eu vou te proteger.”
Lábios suaves roçaram a extremidade de sua omoplata, logo abaixo do osso.
Lee Wooshin… não-
Eram os lábios de Kim Hyeon.
Ela subiu e desceu as escadas batendo na porta do vizinho sem parar. Já fazia cerca de um mês desde o desaparecimento de Kim Hyeon. Ela socava a porta da casa vazia, as mãos trêmulas de incredulidade.
Aquilo não podia ser verdade.
Nenhuma resposta vinha de dentro — como se o que a polícia dissera fosse mesmo real.
Como todas as testemunhas podiam simplesmente desaparecer de um dia para o outro? Será que ela tinha realmente perdido a razão?
Seo-Ryeong continuou vagando na escuridão, subindo e subindo uma escada que parecia se enrolar em espiral, sem fim à vista.
“Hyeon! Hyeon!”
Ela gritava o nome do marido sem sequer perceber.
Não sabia como acordar daquele pesadelo. As pernas doíam como se fossem rasgar, e o ar queimava dentro de seus pulmões.
Se ao menos alguém viesse me ajudar…
“Instrutor!”
Chamou por ele mais uma vez. Ele viria — ela tinha certeza —, a alcançaria e ficaria ao seu lado, não importasse o que acontecesse.
Nesse instante, os degraus tremularam sob seus pés e desabaram. Ela se debateu no ar, enquanto uma nova porta se abria diante dela.
Uma mão a puxou de volta do abismo negro que a engolia. Braços quentes a envolveram — braços que ela reconheceria em qualquer lugar. Eram os de Lee Wooshin.
Mas então ele começou a rasgar o próprio rosto.
“P-para! Não faz isso!”
Ela gritou, mas o sonho não acabava. Os dedos dele afundavam mais fundo. Com um som úmido e horrendo, ele arrancou um pedaço da própria face—
“—!”
Seo-Ryeong acordou num sobressalto, arfando. Levantou-se cambaleante, o coração disparado.
“Heh… heh… heh…”
A nuca úmida de suor frio arrepiou. Olhou para as próprias mãos — elas tremiam enquanto apertavam o peito.
A sensação de dilacerar carne humana ainda estava viva em suas palmas.
Meio Lee Wooshin, meio Kim Hyeon.
O rosto dele era uma mistura rasgada, como se tivessem partido uma folha ao meio.
Seo-Ryeong observou em silêncio Lee Wooshin dormindo, a respiração dele suave. Tocou de leve as marcas em seu pescoço. Sentiu pena… mas não teve impulso algum de passar pomada.
Desceu da cama sem fazer barulho, pegou o avental e as pantufas do paciente e saiu do quarto às escondidas.
O quarto privativo dele ficava longe da ala das enfermeiras, e o corredor se estendia comprido e silencioso.
Como uma sonâmbula, Seo-Ryeong tropeçava, mas nunca parava de andar em linha reta.
As luzes piscavam fracas, lançando sombras instáveis nas paredes.
Bang bang bang, bang bang bang—!
Exatamente como em seu sonho, Seo-Ryeong voltou ao prédio onde morava e começou a esmurrar a porta dos vizinhos. A cada vez que subia e descia mecanicamente os degraus de cimento duro, o frio da madrugada atravessava o fino avental hospitalar.
“Eu moro no andar de cima… tem alguém aí?”
Mas, sem resposta alguma, tudo parecia um sonho repetido — um déjà vu que a engolia inteira.
Bang bang bang—!
Ela bateu tanto que os punhos ficaram vermelhos e inchados, mas ninguém apareceu. O som oco apenas ricocheteava pelas paredes, voltando para ela como um eco vazio.
“…”
Deu um passo para trás e ficou parada, olhando para o apartamento fantasma, uma casa sem vida.
Mesmo quando Lee Wooshin voltara, ele dissera o quanto odiava o silêncio daquele lugar.
Fora o apartamento de recém-casados onde viviam agora, este ainda parecia completamente vazio.
Então, um sorriso torto surgiu em seu rosto pálido.
Nesse caso, ótimo. Perfeito, na verdade… Eu não queria ver esse lugar nunca mais mesmo.
De volta ao apartamento, Seo-Ryeong foi direto para a cozinha. Cliq—!
Girou o botão do gás e colocou uma frigideira grande sobre o fogão. Sem hesitar, pegou duas garrafas de óleo de cozinha — uma em cada mão — e despejou ambas, deixando o líquido escorrer em jatos grossos.
Quando deu uma última sacudida nas garrafas para esvaziá-las, o óleo transbordou, respingando sobre as pantufas. Seu rosto, no entanto, continuou completamente inexpressivo.
A casa onde vivera com Kim Hyeon.
A casa onde esperara, imóvel, sem dar um único passo.
A casa onde o tempo tinha parado por completo.
Foi no instante em que deixou cair o lenço em chamas dentro do óleo.
As labaredas subiram como uma explosão, engolindo os armários de cima de uma vez.