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Doce Psicose (NOVEL) - Capítulo 26

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Seo-Ryeong arrastou o corpo caído de Channa até o depósito da cozinha. Cada passo que dava deixava um rastro comprido de sangue no chão, mas isso já não importava.

Ela virou de ponta-cabeça uma panela enorme — daquelas que serviam pra fazer sopa de missô pra oito pessoas —, fazendo um estrondo que ecoou por toda a cozinha.

Com a sola dos sapatos, tentou apagar o máximo possível das manchas de sangue. O barulho repentino pareceu fazer os saltos altos, do outro lado, pararem por um instante.

Por fim, Seo-Ryeong trancou a porta do depósito e segurou Channa com força.

“…Channa, o seu estado tá péssimo. A gente precisa ir pro hospital logo. Tem sangue demais, parece que te esfaquearam no pescoço…!”

“…”

Sem resposta, Seo-Ryeong apenas mordeu o lábio inferior. Sabia muito bem o que aquele silêncio queria dizer.

Ela entendia que não poderia ir ao hospital agora — escapar já era quase impossível. Ainda assim, agradeceu mentalmente por Lee Wooshin não soltar nenhuma frase do tipo “Eu te avisei”.

Em vez disso, ele passou a analisar a situação, com o mesmo tom calmo e frio de sempre:

“Onde você está agora?”

“…Tem um depósito inutilizado no canto da cozinha. É onde a gente está.”

“Coloque o polegar sobre o ferimento.”

“O quê?”

“Pressiona firme. De um jeito ou de outro, tenta parar o sangue.”

Seo-Ryeong pressionou o ferimento no pescoço de Channa, de onde o sangue ainda jorrava sem parar.

“Ahh…!” Channa gemeu de dor, mas o sangue começou a diminuir.

“Não tire a mão. Se tirar, ela morre.”

As palavras pesadas fizeram o corpo inteiro de Seo-Ryeong se cobrir de suor frio. Mas seus dedos estavam conseguindo conter o sangue que tentava escapar. Sentia o pulso fraco de Channa sob a ponta dos dedos.

Ela não podia deixar Channa morrer — não só por dever, mas porque simplesmente não podia.

“Talvez Channa tenha sido o alvo de um assassinato.” A voz de Lee Wooshin soou sem emoção, como se apenas relatasse um fato. “Foi falha nossa não considerar que ela era uma figura chave da Coreia do Norte. Assim que ela saiu do país, a ordem pra matá-la deve ter sido emitida.”

Já faziam uns sete anos desde que Channa havia desertado. Ninguém esperava por algo assim.

“…Na verdade, é até estranho que Channa ainda esteja viva.”

Seo-Ryeong franziu o cenho com o tom ríspido dele — como se dissesse que a sobrevivência de Channa era improvável.

“Cuidado com o que diz.”

“Assassinos treinados não cometem erros. Não cortar o pescoço de uma vez só…” A voz dele foi ficando mais baixa, pensativa. “Talvez quisessem interrogá-la ou convencê-la. Afinal, Channa veio da Coreia do Norte. Poderia ser útil como agente dupla.”

“…”

“E como ainda não começaram… Channa ainda está viva.”

“O que…?”

“—É tortura.”

“…!”

“—Eles vão voltar logo pra terminar o trabalho.”

Naquele instante, clack… clack… — o som dos saltos altos ecoou novamente. O corpo de Seo-Ryeong ficou rígido.

“Eles estão se aproximando da cozinha. Acho que logo vão me encontrar.”

Enquanto ela sussurrava, a velha porta começou a tremer violentamente.

O invasor resmungava em outra língua e batia com força, tentando arrombar. No meio do barulho, Lee Wooshin ficou em silêncio por alguns segundos.

Então, praguejou baixo.

“Merda. Carregue a arma.” A voz dele voltou firme, fria. “Puxe o ferrolho e mire na porta.”

“…”

“Seo-Ryeong, vai ser seu primeiro tiro, então provavelmente vai errar. Quando acontecer, não entre em pânico — só atire de novo. Você não tem técnica e sua sorte é péssima, então é provável que perca a arma e seja atacada, mas…”

As palavras dele, tão realistas e duras, pareciam sugar qualquer esperança que restava.

“Eles chegaram.”

Nesse exato momento, a porta foi arrebentada, e alguém entrou em meio aos destroços. Apesar do coração disparado, Seo-Ryeong sentiu o mundo ficar silencioso — como se tudo em volta desaparecesse, restando apenas os próprios sentidos.

A voz de Lee Wooshin ecoou firme em sua mente.

“E mesmo que morra, tente levar pelo menos um deles junto.”

“…!”

“Assim eu vou reconhecer esse desgraçado de primeira.”

Ele tinha o sangue-frio de quem descartava o que precisava descartar e agarrava o que precisava até o fim.

Mesmo diante do caos, ele mantinha a calma. E, de forma estranha, a presença dele trazia a Seo-Ryeong uma sensação mínima de segurança.

Mas a situação dela era terrível. Sua mão esquerda pressionava o pescoço de Channa; a direita, que segurava a arma, escorregava com o suor e o sangue.

Por fim, ela mordeu a parte de cima da arma com os dentes, tentando puxar o ferrolho com toda a força.

Enquanto lutava com a arma, cruzou olhares com Channa. A pele fria de Seo-Ryeong parecia transmitir confiança.

“Vai ficar tudo bem. Dessa vez eu te protejo. Se vierem te matar de novo…” — seus olhos diziam — “…eu não vou deixar você morrer sozinha.”

Assim que terminou de falar, a porta do depósito estremeceu.

“―!”

Seu corpo inteiro travou. Ela mal conseguia respirar. Channa também prendeu o ar.

Clack… clack… — o som dos saltos rondou a porta e, por fim, se afastou.

“Não se engane. Eles já sabem que você tá aí,” avisou Lee Wooshin com frieza. “Esse tipo de gente gosta de brincar com a presa. Não se mova. Mantenha a mira e espere.”

Seo-Ryeong apertou o gatilho com as mãos trêmulas. O cano balançava, a mira vacilava. Se a porta se abrisse — ela atiraria.

O pensamento se repetia sem parar, prestes a fazê-la desmaiar.

“Isso, segura firme. Quando disparar, seu pulso vai rachar.”

E então — BANG! — a porta se abriu.

“―!”

O assassino que surgiu não era nada do que Seo-Ryeong esperava.

Ela não conseguiu atirar. A arma escapou da mão.

Mesmo com Lee Wooshin gritando em seu ouvido, ela mal ouvia.

Quem surgiu, rindo ao ver as duas acuadas num canto, era uma mulher pequena. Pele clara, traços marcantes, shorts curtos, regata e salto alto.

Não parecia uma assassina — e justamente essa hesitação lhe custou caro.

Num segundo, a mulher avançou e a atacou com um pente em forma de meia-lua, sorrindo.

Seo-Ryeong tentou se proteger instintivamente, levantando o braço. O outro foi rasgado várias vezes.

“Droga, Han Seo-Ryeong!”

Ela só pensava numa coisa: se eu tirar a mão do pescoço de Channa, ela morre.

Mesmo ferida, ela não se mexeu.

Quando o braço já estava em frangalhos, seus olhos cruzaram com os da assassina — um olhar que a fez estremecer.

“…!”

Aquela sensação… Onde eu já senti isso antes?

Sem pensar, o corpo dela reagiu primeiro. Ela pegou a arma caída e chutou o meio das pernas da mulher.

A assassina se curvou de dor, recuando um passo. Algo duro bateu na mão de Seo-Ryeong.

Naquele instante, um lampejo atravessou sua mente — lembranças da cidade, das ruelas com prostitutas chamando turistas, dos saltos altos, do perfume forte…

“Você pode se vestir como uma mulher,” sussurrou entre dentes, “mas não é uma.”

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Tags:
Doce Psicose, Merry Psycho, novel
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