Miae Translations
  • Início
  • Projetos
  • Concluídos
  • Recrutamento
Entrar Cadastrar
Pesquisa avançada
Entrar Cadastrar
Entrar Cadastrar
  • Início
  • Projetos
  • Concluídos
  • Recrutamento
Entrar Cadastrar
Prev
Next

Doce Psicose (NOVEL) - Capítulo 30

  1. Home
  2. Doce Psicose (NOVEL)
  3. Capítulo 30
Prev
Next

“Você tem as qualidades certas, mas lhe falta fé.”

Fé? Fé em quê? Seo-Ryeong franziu as sobrancelhas, formando rugas sutis na testa.

Ela já não confiava mais nas pessoas — e confiava ainda menos em coisas que não podia ver.

“Desculpe, mas não posso aceitar um pedido de sequestro envolvendo um agente do Serviço Nacional de Inteligência.” — declarou com firmeza.

“…!”

“O dinheiro que a Equipe de Segurança Especial traz de fora já é suficiente. Que vantagem haveria em se meter com o Serviço Nacional de Inteligência sem necessidade?”

“…”

“Mas eu ainda posso ajudar, se você precisar da Equipe de Segurança Especial para outro tipo de trabalho.”

Aquilo não era basicamente uma recusa educada? Ainda assim, havia algo no tom sutilmente provocador que a deixava desconfortável.

Levantando-se da cadeira, o CEO Kang caminhou até a porta.

“Quando acha que seu braço vai se recuperar?”

“Não foi uma lesão nos nervos, então, quando tirarem os pontos, deve ficar tudo bem.” — garantiu ela.

“Dois meses.” — ele respondeu.

“Desculpe?”

“Concentre-se no tratamento e descanse por dois meses.”

Espera aí…! Não era essa a resposta que eu queria. Então, como exatamente você vai me ajudar?

Ele estava apenas fingindo oferecer assistência? Essa possibilidade plausível fez o sangue de Seo-Ryeong ferver.

Se soubesse, teria pedido logo para ser reintegrada à empresa… Agora, só restava o arrependimento por ter respondido de forma tão inapropriada.

“Então, certifique-se de receber o tratamento adequado, para evitar recaídas. Vou lhe enviar uma orquídea como presente de recuperação — espero que a receba com alegria. Com isso, você deve conseguir alcançar tudo o que deseja.”

Apesar do significado nas palavras dele, Seo-Ryeong sentiu-se decepcionada por não receber uma promessa concreta.

Mas, alguns dias depois, junto com um pequeno broto de orquídea, chegou pelo correio um documento estranho.

Ao desembrulhar o presente, Seo-Ryeong ficou pasma com o que estava nas entrelinhas daquele gesto aparentemente inocente do CEO Kang.

<Programa de Treinamento Básico para Novos Recrutas da BLAST – 10 Semanas>

Era um convite… sombrio.

 


 

Os policiais em treinamento na África estavam sentados no chão de terra, ofegantes sob o sol escaldante. As roupas encharcadas de suor grudavam pesadamente na pele.

“Nos vemos de novo depois de um intervalo de dez minutos.” disse Lee Wooshin aos exaustos policiais africanos espalhados pelo chão.

A Equipe de Segurança Especial enfrentava um contratempo inesperado com a saída repentina de Heo Channa. Os contratos que estavam sendo preparados foram adiados ou cancelados, deixando um buraco inesperado na agenda.

Nesse meio-tempo, a Nigéria solicitou um treinamento antiterrorismo, e a BLAST enviou a equipe parada para lá.

Atualmente, a Nigéria enfrentava o “Boko Haram”, um grupo extremista islâmico responsável por uma sequência de sequestros em massa de estudantes.

Dessa forma, o governo nigeriano confiou à BLAST o treinamento de resgate e proteção de reféns para sua força policial.

Os programas de treinamento militar regulares eram um dos principais negócios da empresa — e o destino ser a África tornava tudo ainda mais estratégico.

Nos últimos tempos, o continente havia se tornado o novo campo de batalha da disputa aberta entre os Estados Unidos e a China.

A BLAST acreditava que, onde houvesse uma nova Guerra Fria, haveria dinheiro. Na verdade, outras empresas militares privadas já estavam recebendo concessões de mineração como forma de pagamento antecipado.

Portanto, não era estranho que a BLAST tivesse mirado na África. As PMCs coreanas eram mais baratas que as ocidentais, mas ofereciam um serviço de altíssimo nível — o que as tornava extremamente competitivas. Um investimento e tanto.

Lee Wooshin entrou no acampamento operacional, mastigando gelo por costume. Depois de tantas viagens ao exterior — quase todas para climas tropicais — ele havia se acostumado a se prevenir contra a desidratação.

Mesmo imerso nos contratos obscuros da BLAST e com a África como foco, a voz maldita de Na Wonchang ainda ecoava em sua mente:

“Ah… chefe, o senhor deve estar… exausto…”

Lee Wooshin se largou no sofá estreito, observando as nuvens que flutuavam do lado de fora da janela. Seu olhar entediado seguia o céu, sem saber exatamente o que procurava ali.

“Droga, caramba!”

De repente, um membro da equipe que estava concentrado na tela do computador saltou da cadeira. As cabeças dos outros, que descansavam, se voltaram imediatamente.

Jin Ho-jae, ex-integrante da UDT, que havia xingado sem querer, lançou um olhar nervoso para o líder de equipe, que continuava deitado à sombra.

“Chefe, viu o novo comunicado oficial?”

“Não tô interessado.”

“Ah, por favor… não é hora de ficar deitado desse jeito! Dá uma olhada nisso!”

“Se trouxer mais gelo de fora.”

“…”

“Só se Jin Ho-jae fizer algo legal primeiro, aí eu posso considerar seu pedido.”

“Chefe, o senhor não devia pedir favores em troca de cuidar da equipe!”

Apontando com o queixo para fora, Jin Ho-jae resmungou, nervoso:

“Tá bom, então eu leio em voz alta.”

Lee Wooshin raramente demonstrava interesse por qualquer coisa fora das missões designadas — era como se pudesse se desligar completamente, como um interruptor. Ele era notável, não, extraordinário no que fazia — e essa concentração quase obsessiva o tornava imbatível.

Eventualmente, Jin Ho-jae começou a ler o comunicado em voz alta:

“Convite para participação como instrutor de treinamento no Programa Básico de Recrutamento da BLAST…”

“Instrutor de treinamento?”

Lee Wooshin, que até então só olhava as nuvens, arqueou uma sobrancelha.

“Sim, e foi designado pra nossa equipe.”

“…”

“Depois que voltarmos da África, querem usar a gente pra treinar recrutas novatos…! Que sentido tem colocar a gente num trabalho tão banal quando nosso valor é tão alto?”

“Como a Heo Channa morreu, nossa agenda dos próximos seis meses foi pro espaço.” disse Lee Wooshin friamente.

“Chefe, ela ainda não morreu.”

“Entendo.”

“…”

“Então é melhor se levantar e ir.” respondeu Lee Wooshin.

Não soava como um pedido. Era uma ordem — seca e direta — vinda de um homem preguiçoso como uma fera ao sol, mas que, quando falava, fazia todos se moverem.

Um subordinado, de rosto pálido e suado, analisou rapidamente o dispositivo que Jin Ho-jae segurava.

“Isso… não parece nada banal.”

“Chefe, o que uma princesinha dessas saberia?” retrucou Jin Ho-jae, perdendo a cerimônia habitual diante de Wooshin.

“Aqui diz que podemos escolher diretamente os novos integrantes pra preencher as vagas da equipe.”

“Hã…!”

Dois membros de altura parecida começaram a brincar com toalhas molhadas, chicoteando um ao outro — na cabeça, no peito, no ombro — e ninguém se deu ao trabalho de impedi-los.

Mesmo enquanto se batiam, continuaram conversando normalmente.

“Tomara que venham novatos mais jovens.”

“Já tivemos antes, mas todos desistiram rápido, lembra?”

“Ah, e por que será que eles sempre desistem?”

Agora, as toalhas viraram armas de judô. Quem agarrasse primeiro o colarinho do outro, vencia.

“Ki Taemin, é por sua culpa, né? Você vive emburrado, levantando muralha, cheio de manias e grosserias. Os novatos não aguentam e pedem pra sair.”

“Seu maluco, não é por minha causa — é por você! O cara mal chega e você o faz beber até cair, dormir na porta da sua casa e ainda o arrasta pro banho público. É claro que fogem!”

“Isso se chama companheirismo, seu antissocial.”

“Isso se chama abuso, seu idiota.”

Os dois se encararam com fúria, e então, ao mesmo tempo, olharam para Lee Wooshin.

“Chefe, que tipo de recruta o senhor prefere?”

O homem, meio desperto em meio à confusão familiar, bocejou. Depois de olhar as horas, levantou-se silenciosamente — como uma sombra.

Aquele corpo alto, antes largado com as pernas sobre a mesa, se moveu com a agilidade de um felino. Ele amarrou as botas de combate, ainda desatadas, e disse apenas:

“Contanto que não me incomodem.”

O gelo que restava em sua boca já havia derretido completamente.

 


 

O som do gelo tilintando contra o copo de uísque ecoou suave. O líquido âmbar se espalhava entre as fissuras transparentes.

No escritório do CEO, no último andar da sede da BLAST, Kang Taegon estava diante das amplas janelas de vidro, girando o copo nas mãos.

O homem, indiferente às luzes infinitas de Seul, fez uma ligação.

A BLAST tinha escritórios não só em Seul, mas também em Hong Kong e São Petersburgo.

Recém-chegado de uma viagem de negócios às filiais internacionais, Kang Taegon passou os dedos pela testa, ainda segurando o copo. Apesar do luxo que o cercava, bebia como alguém sedento.

Uma voz calma respondeu do outro lado da linha. Kang trocou algumas cortesias antes de ir direto ao ponto:

“Conseguiremos encontrar agentes mulheres do nosso lado.”

Prev
Next

Comentários para o capítulo "Capítulo 30"

MANGA DISCUSSION

Deixe um comentário Cancelar resposta

You must Register or Login to post a comment.

VOCÊ PODE GOSTAR

NATAL INTRUSO
O Intruso Gentil
12/11/2025
NATAL ERRANTE
Almas Errantes
14/09/2025
NATAL TÚMULO
O Túmulo do Cisne (NOVEL)
21/11/2025
NATAL DA SUCUBO
O Sonho da Súcubo
20/08/2025
Tags:
Doce Psicose, Merry Psycho, novel
  • Política de Privacidade

Miae Translations © - 2025. All rights reserved - Powered by Regulus

Sign in

Lost your password?

← Back to Miae Translations

Sign Up

Register For This Site.

Log in | Lost your password?

← Back to Miae Translations

Lost your password?

Please enter your username or email address. You will receive a link to create a new password via email.

← Back to Miae Translations