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Doce Psicose (NOVEL) - Capítulo 33

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Depois que os pontos foram retirados, Seo-Ryeong voltou a treinar resistência com burpees e agachamentos com salto — como nos velhos tempos. Fez um exame médico e praticou natação básica conforme as instruções.

Durante dois meses, ela se dedicou a curar as lesões e moldar o próprio corpo.

No tempo livre, começou a estudar tudo o que podia sobre a BLAST. Descobriu que era dividida em departamentos nacionais e internacionais — e, para sua surpresa, as funções eram bem variadas.

Quanto mais pesquisava, mais percebia a complexidade da organização. O time de segurança especial ficava no exterior, mas quase não havia informações públicas sobre ele.

Quando o dia do alistamento chegou, Seo-Ryeong parou diante da moldura de casamento vazia novamente.

“Eu voltarei.”

Imaginou o rosto do marido ali, onde não havia nada.

Eu vou até onde você está.

E quando eu chegar… dessa vez, vai ser você quem vai ter que me alcançar.

Era uma meta gravada em seu corpo como uma cicatriz.

 


 

Depois de sair de casa, Seo-Ryeong ficou parada em frente ao prédio da BLAST, com nada além de uma carta do CEO em mãos. Com uma bolsa esportiva pendurada no ombro, olhou para o prédio imponente.

Nunca tinha subido aos andares superiores — só frequentava os vestiários, o refeitório e a lavanderia.

A reunião seria no décimo andar. Ajustou a alça da bolsa e empurrou a porta giratória.

Dentro do elevador, havia um grupo de homens vestindo roupas casuais, como ela.

Eles pareciam se conhecer, trocando cumprimentos cautelosos.

“Não achei que fosse te ver aqui, sargento Kim.”

“Não dava pra viver com o salário do exército, então vim pra cá.”

“Pois é… eu vi o tenente Park sendo forçado a se aposentar, então também saí. Ainda tenho hipoteca pra pagar.”

O elevador subiu em silêncio, quebrado apenas por murmúrios e tosses contidas.

Seoryeong se apoiou na parede de vidro e olhou para baixo, vendo o chão se afastar rapidamente.

Quando as portas deslizaram, a primeira coisa que viu foi um auditório enorme. Os homens saíram primeiro, e ela os seguiu — o que fez alguns olharem surpresos.

Sob o teto alto, os recrutas estavam sentados em fileiras. A maioria tinha o cabelo bem curto.

Alguns olhavam ao redor com expressão de estranhamento, outros permaneciam imóveis. Essa tensão no ar deixava evidente o quanto ainda eram inexperientes.

Havia gente com porte militar, outros pareciam atletas. Alguns tinham até marcas de barba por fazer. Era um grupo bem diverso.

Então é isso que acontece quando uma empresa contrata gente pela força física e habilidades de combate…

Como era uma companhia mercenária, todos se avaliavam em silêncio, medindo forças com o olhar.

Seo-Ryeong passou por eles indiferente. Ficava claro que ela destoava do resto.

Em poucos segundos, todos os olhares se voltaram para ela — curiosidade, deboche, desprezo, até hostilidade. Mas ela apenas se sentou num canto.

“Ei, você aí!”

Alguém agarrou seus ombros e a puxou para trás. Um rosto vagamente familiar a encarava com raiva.

“O que você tá fazendo aqui?!”

Ah, que saco. Ela clicou a língua mentalmente.

“Por que a nossa cozinheira tá aqui?!”

Era o mesmo homem que ela tinha encontrado numa briga na agência. O olhar dele era duro e irritado, o pescoço avermelhado e o fôlego contido.

Ele logo sentou ao lado dela.

“Eu achei que você tinha largado o emprego e ido embora!”

A voz alta dele atraiu a atenção de todos. Fingindo amarrar o cadarço, Seo-Ryeong respondeu com um tom surpreendentemente grave:

“Pois é, devia ter ficado só comendo e lavando roupa… mas não deu certo.”

Ela levantou o olhar, direto para ele.

“E aí alguém acabou morto.”

Por um instante, o homem se calou sob o peso do olhar dela, mas logo soltou uma risada nervosa.

“Q-quanta besteira! Precisa mesmo de cozinheira num campo de treino? Além do mais, aqui é só pra recruta. Você devia ir embora.”

“Qual é o seu nome?”

“O quê?”

“Seu nome. Como você se chama?”

O olhar dela desceu para o peito dele, procurando um crachá — mas não havia nenhum. O rosto do homem ficou rígido quando ele cutucou a bolsa dela com o pé.

“Quantas vezes a gente já se encontrou e você ainda não decorou meu nome? Da última vez você disse que sabia, que tinha visto no meu crachá!”

“Faz dois meses.”

“O quê?!”

“Você sabe ler, mas aparentemente eu não causei uma boa impressão pra você lembrar.”

“…”

“Então, qual é o seu nome?”

“Merda…”

“Imagino que esse não seja o nome que seus pais escolheram.” ela provocou, sarcástica.

O homem mordeu o lábio, ferido no orgulho.

Quantos anos será que ele tem? — pensou Seo-Ryeong, observando aquele novato que deixava transparecer todas as emoções.

Ela não era mais uma funcionária obrigada a ser diplomática. Se queria um treino sem confusão, precisava impor limites.

“Por que você não guarda suas piadinhas?”

Seo-Ryeong o puxou para perto, falando em um tom firme e direto. Seus rostos ficaram perigosamente próximos.

“Ou você me dá um soco, ou deixa eu te dar um. Mas para de fingir intimidade e agir como se fosse meu amigo quando tá na cara que só quer arrumar briga.”

“…!”

“Tá óbvio que você quer me provocar.”

O rosto dele empalideceu.

“Eu até suporto sua infantilidade, mas se quer bancar o selvagem…”

Ela estreitou os olhos friamente.

“Eu posso fazer o mesmo.”

Nesse instante, o ding do elevador ecoou.

Ao virar, todos viram homens da Equipe de Segurança Especial saindo. À frente, Lee Wooshin esticava o pescoço para os lados, os olhos fechados.

Eles atravessaram o auditório em silêncio, indo direto ao palco. Os olhares de cerca de setenta recrutas se voltaram automaticamente para eles.

Wooshin, com uma bochecha levemente inflada — como se tivesse esquecido de engolir um doce —, pegou o microfone.

“Olá. Sou Lee Wooshin, chefe da Equipe de Segurança Especial responsável pelo treinamento básico.”

A voz era monótona, mas capturava toda a atenção.

Tinha mais de 1,80m, ombros largos e um corpo que fazia o terno parecer pequeno demais. O microfone parecia minúsculo em suas mãos.

Qualquer tentativa de flerte ou brincadeira desapareceu de imediato.

“Minha equipe será responsável por conduzir o treinamento de vocês.”

Seo-Ryeong mordeu o lábio inferior.

Ela já tinha ouvido falar sobre os treinos da BLAST — realizados a cada trimestre. Treinamento básico, de inverno, de resistência, de combate…

Mas por que ele sempre tinha que estar em todos?

Era desconfortável. Mas, ao mesmo tempo… havia algo eletrizante nisso.

“O treinamento básico dura dez semanas em um acampamento privado.”

O som do doce rolando dentro da boca dele ecoou pelo microfone, mas Wooshin não se incomodou.

“Durante esse período, trabalharemos com condicionamento físico, artes marciais militares, sobrevivência marítima e simulações de batalha — tudo para formar talentos dignos da BLAST…”

Ele parou no meio da fala. Naquele instante, os olhares se cruzaram.

Piscou devagar, como se tivesse visto um fantasma.

“…”

“…”

O silêncio tomou conta.

Faz quase dois meses, não é? — pensou Seo-Ryeong, assentindo de leve sob o olhar perfurante. Ver alguém que a havia afastado era desconfortável — por isso, desviou o olhar primeiro.

De repente, um estalo soou pelo microfone, ecoando pelo auditório.

O coração dela deu um salto.

Wooshin cobriu o microfone com a mão e virou-se, rígido, para um membro da equipe.

“Eu pedi pra conferirem a lista antes. Essa mulher está mesmo…”

“…Está sim, senhor!”

Eles trocaram algumas palavras em voz baixa. Wooshin fechou os olhos, respirando fundo. O peito subia e descia, pesado.

O silêncio que se seguiu foi denso como pedra.

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Tags:
Doce Psicose, Merry Psycho, novel
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