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Doce Psicose (NOVEL) - Capítulo 43

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“Uau!”

 

Han Seo-Ryeong era imbatível quando o assunto era escalar cordas. Mesmo vendo com os próprios olhos, Lee Wooshin não conseguia entender como.

 

Por um breve momento, Wooshin cogitou a hipótese de ela estar usando algum tipo de estimulante, mas logo descartou a ideia. Se ela dependesse de drogas, não teria se agarrado àquela corda com um olhar tão determinado, quase faminto.

 

Durante todo o tempo em que a observou de perto, ela raramente mentia — o que não significava que fosse uma pessoa honesta. Na verdade, parecia simplesmente apática, sem motivação para mentir ou tirar vantagem de algo.

 

Mas havia uma exceção: o marido, Kim Hyeon. Sempre que o assunto era ele, algo mudava em seu olhar. E esse brilho — essa intensidade diferente — deixava Wooshin desconfortável.

 

Os olhos que ele conhecia no passado eram cheios de riso, de curiosidade, de amor cego.

Agora, porém, estavam sombrios — movidos por vingança e, às vezes, por um tom de desejo.

 

“Essa mulher… parece que um dia ainda vai matar alguém.”

 

Não era algo que uma pessoa comum diria facilmente. Com o tempo, Wooshin começou a perceber que a “coruja” usava uma máscara enquanto vivia como esposa.

 

Mesmo ele tendo sido o mentiroso na relação, às vezes parecia que fora o enganado — e isso o irritava profundamente.

Era como se a mulher com quem havia vivido e cuidado não fosse, de fato, a mesma pessoa diante dele agora.

 

Faltava algo — uma peça essencial do quebra-cabeça. Ele queria reabrir a investigação sobre a “Coruja” do zero.

Seu instinto gritava que havia algo mais ali. Mas…

 

“O princípio do bloqueio operacional.”

 

Essa era a pedra presa em seu tornozelo.

 

“Não se intrometa nos assuntos dos outros — e não deixe que se intrometam nos seus.”

 

Era uma das regras mais rígidas para qualquer agente da Agência Nacional de Inteligência.

Os agentes negros, como ele, recebiam ordens diretas, sem ter acesso ao quadro completo da missão.

 

Era o preço do sigilo: se um deles fosse capturado, os demais permaneceriam protegidos.

Por isso, trabalhavam sozinhos, cumprindo apenas o que lhes cabia.

 

A identidade da “Coruja” podia ser incerta, mas ela dizia o que queria dizer — e perguntas extras não eram bem-vindas.

 

“—”

 

Wooshin respirou fundo, forçando-se a acalmar o turbilhão interno.

 

A “Operação Caixa de Pássaros” não girava apenas em torno dela — mas também sobre preservá-la, e preservar o casamento deles.

Da abordagem até o término, a missão tinha sido quase um sucesso.

 

“Não devo mais pensar nela.”

Não havia motivo para observá-la, nem razão para complicar as coisas. Para ele, ela deveria ser apenas… inexistente.

 

“…..”

 

Ele abaixou os olhos por um instante para limpar a mente e, quando voltou a ergê-los, encontrou o olhar do comandante. Seu rosto estava impassível.

 

Enquanto observava Han Seo-Ryeong se equilibrando na corda, Jin Ho-jae comentou do lado:

 

“Chefe… o senhor acha a senhorita Han Seo-Ryeong atraente?”

 

“…O quê?”

 

“Eu só queria saber se sou só eu que acho.”

 

Wooshin mal conseguiu disfarçar o incômodo — as emoções subiram como uma corrente elétrica. Ele franziu a testa, lançando um olhar afiado para Jin, que sorria com um brilho bobo nos olhos.

 

“Aquela mulher… durante o último treino de esquiva, ela me olhou de um jeito… intenso.”

 

“….”

 

“Desde então, nenhuma mulher me olhou assim. Parecia que ela realmente queria alguma coisa de mim… Meu coração ficou meio estranho.”

 

Ele pressionou o peito, rindo nervosamente. O rosto pálido e bonito de Wooshin se curvou num sorriso frio, mas a veia em sua têmpora pulsava visivelmente.

 

“Parece que ela se apaixonou primeiro. Desde então, sinto o olhar dela me seguindo… Acho que é destino termos nos encontrado neste treinamento.”

 

Jin começou a dobrar os dedos, contando em silêncio — um, dois, três, quatro… até fechar todos os cinco.

 

“Chefe, o que eu faço? Acho que vou arranjar uma namorada.”

 

“Oficial Jin Ho-jae.”

 

Com um suspiro irritado, Wooshin segurou a cabeça dele com força. Jin soltou um “Ugh…!” abafado, sentindo o crânio ser quase esmagado.

 

Wooshin parecia estar no limite da paciência. Jin se endireitou num segundo.

 

“Não se preocupe, eu vou me aproximar dela com calma, sem causar confusão durante o treino.”

 

“A senhorita Han tem marido.”

 

“O quê?!”

 

“Um marido do qual ela não desgruda. Apesar da aparência jovem, ela é uma mulher casada.”

 

“….”

 

“Eu chequei. Casou cedo.”

 

O sorriso de Wooshin se alongou, fino e venenoso como o de uma cobra.

 

“Por que? Não acredita em mim?”

 

“E-eu… acredito.”

 

“Se duvida, então fale mal do marido dela.”

 

“O quê?”

 

“Mas não faça isso quando ela estiver com uma arma na mão. Ela parece… bem obcecada por ele.”

 

“….!”

 

Jin piscou, atordoado, e então deu um pulo.

 

“Não pode ser! Aquele olhar era flerte, com certeza! Eu jamais me sentiria assim por uma mulher comprometida! Tenho meus princípios!”

 

Wooshin passou a mão no pescoço dele e sussurrou com um tom gelado:

 

“Não se iluda. Ela não é bonita só pra você.”

 

Jin estremeceu dos pés à cabeça, engolindo em seco.

 

“Então para com esse papo de que ela te seduziu ou de como o olhar dela te encantou. Ela não é nada de especial — e você vai acabar passando vergonha.”

 

“Sim, senhor.”

 

“Bom garoto.”

 

Com expressão fria, Wooshin deu leves tapinhas na cabeça do subordinado. Jin virou-se de volta para o campo de treino, ainda perplexo.

 

“Não, sério… além de bonita, ela tem um físico absurdo…”

 

“Cala a boca.”

 

Wooshin deu um tapa leve no queixo dele, que travou a língua e ficou quieto.

 

O olhar de Wooshin, no entanto, permaneceu gélido.

Instintivo. Penetrante. Predador.

 

Jin se endireitou e ficou em silêncio, sob o peso daquela presença.

 

 

—

 

De volta aos alojamentos dos oficiais, Lee Wooshin trancou a porta e colocou o fone no ouvido.

A luz vermelha piscou — e uma voz animada surgiu logo em seguida:

 

“Ah! Quer saber sobre o CEO Kang Taegon? Já fiz uma checagem leve.”

 

“Ele tem alguma ligação com a Coruja?”

 

“Nenhuma aparente. Mas parece que aquela viagem à Tailândia deixou uma marca. Desde então, ele anda abrindo o currículo dela com frequência.”

 

“…”

 

“Parece que pesquisou sobre ela e pensou em recrutá-la.”

 

Na BLAST, a ideia de Han Seo-Ryeong ser recrutada não era exatamente a notícia que Wooshin queria ouvir. Seu cenho se franziu com força.

 

Ele tentou tirá-la de lá — mas a BLAST parecia disposta a puxá-la de volta. E isso o irritava profundamente.

 

“Esse é o jeito do CEO Kang Taegon.”

 

“O que quer dizer com isso?”

 

“A BLAST vem se esforçando pra aumentar o número de guarda-costas mulheres. Costumam buscar gente aqui e ali e colocá-las em treinamento. A maioria era de lutadoras de terceira categoria, precisando de dinheiro.”

 

“E depois?”

 

“Depois disso… ninguém sabe ao certo. Elas simplesmente somem.”

 

“Continue.”

 

“Sempre que o presidente Kang viajava a trabalho pra São Petersburgo, levava uma ou duas guarda-costas. Mas sempre voltava sozinho.”

 

O silêncio que se seguiu foi pesado. O maxilar de Wooshin se contraiu, e as veias de sua mão ficaram marcadas enquanto ele apertava a mesa.

 

“A idiota da Coruja entendeu tudo errado…”

 

“Se o CEO realmente quiser ela, chefe… vai ser difícil tirá-la de lá. Eles vão dar um jeito de trazê-la pra BLAST, de qualquer forma.”

 

Wooshin ficou em silêncio por um momento — depois mordeu a parte interna da bochecha, sentindo o gosto amargo do sangue.

 

 

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Doce Psicose, Merry Psycho, novel
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