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Doce Psicose (NOVEL) - Capítulo 95

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Antes que Seo-Ryeong pudesse responder, a ambulância encostou no acostamento da estrada.

Sem dizer uma palavra, ele desfez o cinto de segurança, bateu a porta do motorista e foi direto para a parte de trás do veículo.

Quando Lee Wooshin abaixou a máscara presa à orelha, a expressão da Chefe Joo endureceu visivelmente. A mulher, que até então só soltava veneno, agora o encarava como se quisesse matá-lo.

“Seu desgraçado!”

Os olhos dela, em chamas, fixaram-se nele.

Sim, o Instrutor chamava atenção por natureza, mas será que ela precisava encará-lo com tanta intensidade assim? Seo-Ryeong virou o rosto da Chefe Joo na tentativa de distraí-la.

Mas a mulher, com o rosto corado de raiva, parecia prestes a atravessar qualquer obstáculo só pra manter aquele olhar assassino.

“Por que ir tão longe?!” vociferou ela, os dentes cerrados, a voz rachando no meio da frase.

Ah… Seo-Ryeong conseguia entender perfeitamente a reação da Chefe Joo. Num cenário cheio de ameaças e interrogatórios, qualquer um ficaria em alerta se um homem forte surgisse de repente.

Foi então que um leve sorriso se formou no rosto de Lee Wooshin.

“Pra tirar.” Ele respondeu calmamente, sentando-se na cadeira auxiliar e dando um leve toque no cilindro de oxigênio. “Pra você entender o que é perder algo.”

“…!”

“Vamos ver quanto tempo você aguenta.” murmurou ele, aproximando a máscara de oxigênio do rosto da chefe.

De costas, era impossível ver sua expressão, mas os olhos da mulher se retorceram de fúria.

Ele abriu a válvula do cilindro e ajustou alguns controles. Para ela, aquele processo era indecifrável. O medidor de pressão oscilava violentamente, até que um chiado alto preencheu o ar.

A Chefe Joo começou a bater desesperadamente no assento. O vapor do próprio fôlego embaçava o plástico da máscara, e, como se estivesse falhando, sua pele foi ficando pálida.

Ah… ele estava cortando o oxigênio.

“Já chega!” gritou a mulher, arranhando o leito de emergência em agonia. Mas sua voz, abafada pela máscara, saía sufocada, quase inaudível.

“Kim Hyeon! Eu posso trazê-lo! Você não entende?! Pare com essa loucura!” ela se contorcia, sem sucesso.

“Que cúmplice é esse que obedece a refém?”

“Seu… maldito!”

“Ainda consegue respirar?” Lee Wooshin inclinou a cabeça, o sorriso indecifrável nos lábios. “Assim não dá.”

“Urrgh!”

“Você, mais do que ninguém, devia saber como é isso.” Ele continuou mexendo no cilindro, cortando ainda mais o ar. “Tem gente que nunca nem soube o que é isso.”

“…”

“Gente que precisa fingir que não sabe, até o dia em que morre.”

“Seu desgraçado!” a mulher arfava, cada palavra arrancada a custo.

Então Lee Wooshin olhou calmamente para Seo-Ryeong. O olhar dele parecia perguntar, sem som: E você, o que vai fazer?

A expressão serena prometia qualquer coisa — trazer Kim Hyeon, se era o que ela queria, ou a verdade, se fosse isso que buscava.

Por algum motivo, o peso em seu peito começou a se dissolver, e o ressentimento restante suavizou. Seo-Ryeong segurou a mão dele.

“――!”

A pergunta de Joo ainda ecoava como uma parede cheia de espinhos, mas… e daí?

De que importava ter crescido sem pais, com mais um vazio impossível de preencher?

Ela podia viver sem saber. Já tinha vivido assim. Era prova disso. Mas, injustamente, havia coisas impossíveis de ignorar. Diziam que a verdade era feita de incontáveis pedaços — e Seo-Ryeong só precisava de um.

Sua escolha sempre fora única. Sempre.

“Aquela pessoa. Eu só quero ver aquela pessoa, o quanto antes.”

A mão que roçou seu ombro estava gelada quando se afastou. O som da respiração ofegante da mulher soava quase como uma risada.


A ambulância correu sem parar até estacionar num vasto campo de juncos, numa área isolada da província de Gyeonggi.

Será que eu tô nervosa?

Observando três carros pretos se aproximando na direção oposta, Seo-Ryeong molhou os lábios secos com a língua.

Em pé atrás de Joo Seolheon, com as mãos amarradas, ela olhou para a imensidão dos juncos. A cada rajada de vento frio que lhe tocava o rosto, o farfalhar soava como ondas quebrando ao redor.

A troca de reféns era simples: entregar a Chefe Joo em troca de Kim Hyeon.

Eles tinham ativado o celular dela no caminho e, para evitar o risco de execução, escolheram um campo aberto, sem esconderijos, como ponto de encontro.

No máximo três pessoas. Se a condição fosse quebrada, a chefe não seria entregue. Coube a Lee Wooshin escoltá-la até o local.

“Como é o Kim Hyeon?” perguntou Seo-Ryeong, olhando-a de perto.

Mesmo descabelada, a mulher mantinha a postura ereta e arrogante.

“Feio e patético, aos meus olhos.” zombou, sem hesitar.

Mas Seo-Ryeong não se abalou. O rosto de Lee Wooshin, no entanto, parecia estranho — os olhos fundos, o cansaço evidente, ou talvez algo mais sombrio.

Aquela visão a deixou inquieta.

Aquela pessoa… por mim… por…

Ela mordeu o lábio e desviou o olhar.

Nesse instante, um sedã de luxo parou no meio do campo. A porta grossa se abriu, e três homens de terno preto desceram em perfeita sincronia.

O coração de Seo-Ryeong disparou, acelerando até doer. A respiração se embaralhou, ofegante.

Ver Kim Hyeon. Encontrar aquela pessoa. Olhá-lo com os próprios olhos.

Finalmente, parecia que estava chegando ao fim da corrida.

Atordoada, ela viu Lee Wooshin se aproximar, levando a Chefe Joo. A mão dele roçou a sua — fria o bastante pra causar um arrepio.

Instintivamente, ela buscou seu rosto. Os olhos dele, mergulhados em sombra, tinham o brilho cortante de uma lâmina.

Ele pareceu prestes a dizer algo, os lábios entreabertos por um instante, mas logo fechou a boca e se virou em silêncio. Isso a deixou seca por dentro.

“…”

Seo-Ryeong mordeu o lábio, tentando esconder o nervosismo.

Eles se afastavam cada vez mais, mas nenhum dos homens à distância parecia ser Kim Hyeon.

Quando chegaram ao ponto combinado, os subordinados de Joo Seolheon a libertaram.

Nesse momento, o porta-malas do carro se abriu com força, e algo grande e comprido — parecido com uma bolsa esportiva, mas maior — caiu aos pés de Lee Wooshin.

Logo em seguida, a Chefe Joo levantou a mão e o atingiu no rosto.

Uma, duas, três, quatro vezes!

“――!”

O som seco dos tapas ecoou alto o bastante pra ser ouvido dali. Cinco, seis, sete, oito! Mesmo pequena e ofegante, ela não parava.

Mas o que é isso?! As pernas de Seo-Ryeong tremeram. Nove, dez! Depois do décimo tapa, a mulher bateu a porta e voltou pro carro.

A pele pálida e lisa de Lee Wooshin já estava marcada e inchada, mas ele apenas cuspiu sangue no chão, sem reagir.

Com o corpo pesado, ele ergueu a bolsa e começou a caminhar até Seo-Ryeong.

A cada passo, o rosto dele mudava — firme num instante, hesitante no outro — até que parou por completo.

“――.”

Passou a mão pelo rosto, confuso. Um vento frio soprou, fazendo os juncos se agitarem como um bando de pássaros. Lee Wooshin ficou ali, sozinho, entre as hastes trêmulas.

“O que tá acontecendo? Onde está Kim Hyeon? E o que tem nessa bolsa?”

Um nó de angústia subiu em seu peito, e ela gritou:

“Instrutor!”

Num piscar de olhos, Lee Wooshin sumiu.

“…!”

“O quê? Onde… onde ele foi?” Seo-Ryeong correu imediatamente, abrindo caminho entre os juncos. Os lábios pálidos tremiam, a respiração em soluços.

Então o viu caminhando em direção ao rio, e seus olhos se arregalaram.

Sem hesitar, ela desceu correndo pela encosta, tropeçando, com a blusa suja e a pele arranhada — mas não parou.

“Han Seo-Ryeong, não se mexa!” — uma voz forte e áspera ecoou. Quanto tempo fazia desde que ouvira aquele tom? As pernas dela congelaram.

“Instrutor, onde está o Kim Hyeon? Onde está meu marido?!” sua voz saiu trêmula, carregada de desespero.

O carro da SNI já havia ido embora, mas Kim Hyeon não estava lá. Ela não conseguia entender.

“Foi uma armadilha? A Chefe Joo nos enganou? Onde erramos? O que eu deixei passar?”

Enquanto tentava raciocinar, viu Lee Wooshin, pálido, prestes a jogar a bolsa no rio.

“O que você…?” murmurou, inquieta.

A bolsa parecia pesada. As veias saltavam em suas mãos, e a visão a fez estremecer.

Isso não tá certo… por que ele estaria com dificuldade pra segurar uma bolsa?

O que tem aí dentro?

Antes que o pensamento terminasse, Seo-Ryeong se lançou pra frente, como um animal, agarrando a bolsa e puxando o zíper. Quem prendeu o fôlego primeiro, ela não saberia dizer.

“――.”

Testa larga, sobrancelhas finas, olhos compridos de pálpebras simples, nariz reto, pele bronzeada.

Era o rosto que ela havia traçado tantas vezes com os dedos, com medo de acordar o marido dormindo. O rosto que suas mãos cobiçavam pintar, mas sempre hesitavam.

O olhar de Seo-Ryeong pousou naquele rosto — agora em rápida decomposição. Lee Wooshin tentou cobrir seus olhos, mas ela o afastou bruscamente.

Um zumbido ensurdecedor tomou seus ouvidos.

“Ah…” a voz dela escapou, trêmula.

As mãos dela tremiam fora de controle, mas mesmo assim se agarraram à bolsa, percorrendo com os dedos cada traço desconhecido.

O que é isso? pensou, mesmo com a mente desabando, sem conseguir parar, tateando o corpo, como se a verdade estivesse escondida na carne.

Passou pelo ouvido, pelo queixo, pela garganta, pelos ombros largos. Reconheceu as formas, e o coração se contraiu, explodindo em uma alegria desesperada por finalmente encontrar sua peça perdida.

Ela abriu o zíper até o fim — e enfim viu o corpo brutalmente mutilado de um homem.

“Hyeon! É você?!” a voz que perguntou soava vazia, perdida, quase infantil.

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Doce Psicose, Merry Psycho, novel
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