Tente Implorar (Novel) - Capítulo 20
Um som estranho escapou enquanto ela rolava o doce com a língua e o sugava lentamente. Naquele instante, um gemido quase como um suspiro saiu da boca de Leon. Sua mão, que segurava a roupa íntima da mulher, se moveu em direção ao seu centro. Já estava tão ereto que doía.
Não tinha se excitado nem diante da mulher nua vendendo cigarros mais cedo. Mas aquela criada despertava seu corpo como um macho em cio, apenas com o gesto simples de sugar um doce.
Leon jogou a caixinha de doces no tapete de qualquer jeito e enfiou o braço dentro da banheira.
A mulher revirou os olhos, inflando as bochechas como um esquilo mordendo uma noz. Ele mal conseguia alcançá-la, mas ela estremeceu como se tivesse levado um choque e recuou ainda mais para o canto.
— Você gosta de coisas quentes?
Seria assim o calor que queimava dentro dela? Ele se banharia naquele fogo, mesmo que a pele dele ficasse chamuscada e descascando.
— Lembra do que eu te mostrei alguns dias atrás?
Perguntou, mexendo a mão devagar perto do peito da criada. Quando a espuma estourou, a mulher que tinha juntado o creme para cobrir a pele exposta se assustou. Aqueles olhos eram tão terríveis quanto naquele dia.
Leon, que já tinha enterrado seu membro na cabeça da mulher — ao menos na imaginação — moveu devagar a mão que segurava a lingerie, com um sorriso brilhante.
— É quente também, não quer experimentar?
Ela balançou a cabeça e o fitou com raiva, encolhida no canto. Ele, então, levantou os cantos da boca num sorriso torto e puxou os fios do cabelo castanho-escuro, grudados como algas molhadas no ombro da criada.
O cabelo molhado escorregava entre seus dedos… Será que a carne dela por dentro grudaria assim também?
Leon esfregou o ponto onde o segredo dela devia tocar, do lado de dentro da calcinha. Sentiu uma umidade tênue no tecido, que parecia provocar suavemente os arredores.
Era, sem dúvida, a umidade que escapava do corpo da mulher.
Ele fixou o olhar diretamente nos olhos turquesa dela, velados por desprezo, e engoliu silenciosamente o gemido que lhe subiu até o queixo.
Quando os ombros dela se encolheram um pouco mais ao perceber o tremor em seu pescoço, os olhos de Leon deslizaram pelas curvas arredondadas dos ombros dela, antes de escanear a clavícula reta e saliente. Prestes a descer mais, uma bolha branca bloqueou seu olhar.
Ele engoliu em seco.
Os dois joelhos dela, que emergiam no meio daquela espuma cremosa, estavam tingidos de um rosa delicado, como um pêssego suculento, talvez pelo calor da água.
Leon desenhou mentalmente o corpo nu submerso, unindo as partes expostas como se completasse uma única pintura, conectando pontos dispersos. O sussurro pesado que se desprendeu do silêncio tenso — tão esticado quanto a corda de um arco no limite — rompeu.
— Eu me pergunto qual seria o gosto.
Sally exalou o fôlego que vinha segurando.
‘…Será que ele comprou isso sem nem saber o gosto?’
Ela respondeu, engolindo a saliva que acabara de se juntar na boca, enquanto rolava o doce para o outro lado da bochecha.
— Tem gosto de cereja.
Winston soltou o cabelo que segurava entre os dedos e pegou a caixinha de balas. Ele queria experimentar uma também, mas não era tão simples assim. A caixinha tombou para dentro da banheira, espalhando as balas vermelhas pela água.
…Que tipo de truque era aquele?
Os olhos de Sally se arregalaram, e ela abriu a boca como uma idiota.
— Isso… Eu também queria provar, mas minha mão escorregou?
Ele derramou tudo com as próprias mãos bem na frente dela, todo orgulhoso, dizendo que a mão havia escorregado. Esse lunático…
— Desculpe, mas acho que devemos dividir.
Era um truque para fazê-la beijá-lo.
O peito largo de Winston pairava sobre o corpo dela, projetando uma sombra negra. Não satisfeito, ele apoiou as mãos grandes nas bordas da banheira, prendendo Sally entre os seus braços. O rosto dele inclinou-se para a direita.
À medida que os lábios se aproximavam, a fenda entre eles se alargava. Sally esfregou as pernas contra as paredes da banheira. Com os braços abraçando os joelhos e cobrindo o peito, ela virou a cabeça para o lado, pouco antes dos lábios deles se tocarem.
— Ah!
Ele não parou nem mudou a direção. Mordiscou levemente a nuca da sua garganta indefesa, expondo os dentes como uma fera selvagem.
A mão de Sally reagiu no impulso, empurrando o ombro de Leon, molhando a camisa dele.
Ele já sabia qual era o sabor da cereja. O que despertava sua curiosidade era o sabor daquela mulher. Leon, que vinha mordiscando a nuca dela com os lábios, moveu a cabeça mais uma vez, salivando. Já havia provado aquele sangue doce, agora queria experimentar outra coisa.
Queria mastigar e devorar cada centímetro dela, do pontinho daquele narizinho até os dedinhos dos pés… Que gosto teriam as lágrimas e a saliva daquela mulher?
Seus lábios ultrapassaram a linha do queixo delicado dela. No instante em que se aproximou para morder as bochechas macias e beliscá-la no lábio, a doçura ofuscante da cereja envolveu a língua de Leon num lampejo.
Ela sorriu baixo, rolando o pequeno doce sob a língua.
— Capitão, coma tudo.
A mulher cuspiu o doce na mão pouco antes dos lábios se tocarem e colocou-o na boca dele. Teve até a ousadia de cobrir a boca dele com a mão.
Isso significava que as duas mãos dela o seguravam agora. Ela estava indefesa.
— Ack…!
O dedo de Winston roçava um mamilo escondido sob a espuma. Surpresa, Sally se debateu, mas ele agarrou sua carne macia com crueldade e firmeza, sem a menor intenção de soltar.
— Ahhk, solte! Por favor, solte!
Depois de usar as unhas, ele finalmente tirou a mão dela, com dificuldade.
Sally o avisou, com uma voz tão irritada que parecia vir do fundo da alma:
— Não me toque. Eu cometi o erro de usar a banheira do Capitão, mas isso não significa que o Capitão tem o direito de fazer o que quiser.
Leon riu.
A mulher se encolheu como um coelho à sombra dele, cobrindo o peito com os braços. Por mais duro que fosse o aviso, soava mais como uma travessura.
— Rosa.
Ele se sentou no tapete e soltou uma provocação simples.
— Hã…?
— Os seus mamilos são cor de rosa.
O rosto da mulher ficou pálido, e logo em seguida, ruborizou.
— …Você nem viu e já está afirmando.
A espuma era densa demais para fazer sentido. Sally apertou o peito com mais força e lançou um olhar para Winston. O foco dele estava firme em seu colo, agora mais evidente.
— Então, que tal conferir se estou certo?
A mão que repousava na borda da banheira mergulhou de uma vez na água. Apesar de ela se encolher e tentar desviar, a mão seguiu firme na direção contrária.
Pop.
O som de algo sendo puxado debaixo da espuma ecoou. O barulho da água escoando da banheira seguiu rapidamente, acompanhando a hesitação de Sally. Ao mesmo tempo, a mão reapareceu segurando o tampão da banheira.
— Ou vai admitir?
Quando a água esvaziasse, seu corpo nu ficaria totalmente exposto.
— É isso mesmo…! Então, por favor, coloque de volta.
Sally estendeu a mão para o tampão, mas Winston foi rápido, recolheu a mão e lançou um sorriso cético.
— Isso mesmo o quê?
A água já havia baixado até a metade do seu peito, não havia mais tempo para enrolar.
— …são cor de rosa.
Ela murmurou, mordendo o lábio com desprezo, enquanto Winston sorria para ela e estendia a mão com o tampão.
Tap.
Quando ela estava quase pegando, o tampão foi lançado para um canto do banheiro.
— Não disse que ia devolver.
Sally quase soltou um palavrão. A raiva que subiu à cabeça era descarada, sem vergonha alguma. Já começava a pensar que pouco importava se ele via seu corpo nu ou não.
— Capitão.
— Sim?
Winston sorriu com suavidade. Quem não soubesse que o gato brinca com o rato antes de pegá-lo acharia aquele sorriso realmente doce.
— O que diabos você quer que eu faça?
Ela perguntou, sem disfarçar a hostilidade na voz.
— Quer que eu diga a verdade?
— Quero.
Ele sorriu, aquele sorriso carregado de ameaça, mas Sally sabia que, de qualquer jeito, ele não ia soltar as palavras costumeiras.
Leon esticou a mão na direção da criada, que o encarava ferozmente. As curvas das suas costelas e a cintura côncava iam aparecendo lentamente acima da superfície do banho.
— Logo… — a mulher estremeceu, intensificando o olhar. Ele passou a mão levemente pelo contorno do seio que escapava da mão dela, ainda segurando o peito. — …A banheira vai ficar vazia.
A água já mal alcançava dois palmos.
— Então, vou entrar… Você vai correr para o canto? Não, vai se levantar e sair…? Ou será que não, porque eu vou te pegar e te jogar no chão? Vai ter que tomar cuidado para não bater a cabeça. Não tenho esse hobby com mulher desmaiada.
Ele recitou sua cruel imaginação sem hesitar, como se esperasse pela pergunta. Os nós dos dedos, salientes nas costas lisas das suas mãos, deslizaram pelo corpo nu de Sally que emergia da água.